Desde os tempos do britânico John Maynard Keynes, um dos maiores pensadores econômicos do século XX, o trabalho de um economista não despertava debates tão acirrados quanto O Capital no Século XXI, do professor da Escola de Economia de Paris, Thomas Piketty (que será lançado pela Editora Intrínseca no Brasil em novembro).
Piketty estuda a evolução da riqueza nas sociedades capitalistas e, grosso modo, aponta como a globalização e a adoção de certas práticas neoliberais em geral concentram riqueza.
Simplificando a sua ideia, ele afirma que tudo resulta do equilíbrio criado. Por exemplo, os investimentos são o resultado do equilíbrio de três fatores: rentabilidade, segurança e liquidez, ou seja, quando você quer aumentar um destes fatores você acaba automaticamente reduzindo os outros dois.
Neste trabalho de Piketty, a sua grande sacada foi observar que no desenvolvimento econômico os três fatores que precisam ser ponderados, conciliados e equilibrados são “a eficiência, a igualdade e a liberdade”. Ocorre que a coisa não é tão simples como parece porque a interferência do Estado, sob a justificativa de levar a uma sociedade menos desigual, tanto restringe a liberdade de ação dos seus cidadãos, como diminui a eficiência geral da economia, seja quando ele se dispõe a produzir, seja quando ele exagera nas exigências a quem produz, isto sem falar que é relativamente comum o setor público criar uma série de vantagens especiais aos amigos do rei.
Veja a entrevista que ele concedeu à Revista Veja em 07/06/2014 no link:
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/piketty-para-que-o-processo-virtuso-do-capitalismo-continue-e-preciso-cuidar-da-desigualdade
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