segunda-feira, 28 de março de 2011

Incerteza prejudica economia

A incerteza paira sobre a economia global. Tsunamis, nuvens radioativas, revoluções no Oriente Médio, a crise da dívida europeia e a economia americana ainda enfraquecida poderão emperrar a tênue recuperação dos Estados Unidos, da Europa e do Japão, carros-chefes da economia mundial... http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com/2011/03/incerteza-gerada-por-acontecimentos.html

Bons em ciência, ruins em tecnologia

Apesar da economia brasileira ter crescido 7,5% em 2010, nossos pedidos de patentes internacionais caíram 14,4% no mesmo período... http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110328/not_imp698181,0.php

Educação, o "negócio da China"

A crescente eficiência da China é alicerçada em vultosos investimentos na qualidade da educação. Uma prova disso é que no relatório PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009 publicado em 2010 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Xangai conquistou o 1º lugar (e o Brasil a 53º colocação). Leia o texto do ex-presidente dos bancos Real e Santander e atual presidente do Conselho de Administração do Banco Santander: http://sergyovitro.blogspot.com/2011/03/fabio-barbosa-educacao-o-negocio-da.html

domingo, 27 de março de 2011

Brasil tem tributo de Suécia e serviço de Angola

Incrível a capacidade de síntese do Sr. Eliezer Batista, engenheiro que se notabilizou internacionalmente em tudo o que fez, entre outras coisas, foi Ministro das Minas e Energia, Presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Presidente de uma série de outros Conselhos e Comissões e ainda lhe sobrou tempo para ser um poliglota autodidata. Veja o que ele disse em 25/03/2011:

"Criar uma empresa sadia no Brasil requer ginásticas macetológicas e trambicológicas. A avaliação em tom humorado é do engenheiro Eliezer Batista, 86, ex-ministro, ex-presidente da Vale e pai de Eike Batista, o empresário mais rico do país. Em uma rara aparição pública, Eliezer foi homenageado ontem em evento da Confederação Nacional de Jovens Empresários. Para ele, o Brasil não tem um ambiente favorável ao empreendedor, com a tributação da Suécia e os serviços de Angola. A origem do problema, na avaliação do engenheiro apontado como um dos principais responsáveis por tornar a Vale uma grande empresa, é o fato de que os legisladores conhecem pouco a atividade empresarial. Para Batista, o país precisa de dirigentes que pensem como estadistas, focados na próxima geração, e não na próxima eleição. Em discurso, Eliezer disse que o cenário atual talvez seja mais difícil para o empresariado do que o que ele enfrentou no passado. Ele elogiou as iniciativas do filho mais famoso. Ele está se metendo a tomar risco e fazer coisas que fazem sentido, mas, para isso, você tem de ter colaboração do poder constituído. Se o poder não entende isso e não quer, como fazer? A carreira de Eliezer foi tema do documentário Eliezer, o engenheiro do Brasil.Ele trabalhou com os presidentes João Goulart, João Figueiredo, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor. Durante sua segunda gestão como presidente da Vale, desenvolveu o projeto Ferro Carajás. Para Eliezer, a juventude é capaz de fazer o país sair do buraco desde que haja investimento em educação, pesquisa, tecnologia e inovação. Avalia que o país deveria mandar profissionais ao exterior para estudar e atrair estrangeiros para ensinar aqui. Nós nunca fizemos isso na escala do que a Índia fez. Por que não copiamos o bom do outro, só o mau?"

Não é para menos que o filho desse "cara" (Eike Batista) é o cara mais rico do Brasil e 8º mais rico do mundo

Corrupção policial é crônica, afirma o presidente do STF

Corrupção policial é "crônica", afirma presidente do Supremo

Em seminário em São Paulo, Cezar Peluso defende unificação das polícias Civil e Militar

Ele também criticou o sistema carcerário: "Em alguns casos, eu comparo até com as masmorras medievais"

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, disse ontem que violência e corrupção policial no país são uma "questão crônica" e defendeu a unificação das polícias estaduais.
Ele participava de um seminário de segurança pública promovido pela Faap, em São Paulo, com parte da plateia composta por policiais.
Havia citado três casos de "graves problemas" na segurança, entres eles o de um grupo de PMs de Manaus que baleou um garoto desarmado e já dominado e o de policias paulistas que "teriam sido flagrados fiscalizando o secretário da Segurança", Antonio Ferreira Pinto.
Mesmo dizendo que não falaria "desses problemas de segurança, como a questão crônica da violência e corrupção policial", o ministro citou outro caso de corrupção.
"Por mera coincidência, lembrei-me que, alguns anos atrás, o Amazonas foi obrigado a extinguir a Polícia Civil. O grau de corrupção era tal que era impossível recuperar os agentes. Não sei como está hoje, mas foi uma tentativa."
Após Peluso deixar o local, falou ao público o delegado federal Roberto Troncon Filho, defendendo os policiais.
"Ele [Peluso] falou muito da corrupção policial, que a gente precisa enfrentar, de fato. Mas não é apenas policial. Em qualquer nível de governo. O Brasil tem dado mostras, nesta última década, que tem feito isso. Tem avançado. [...] A fonte da corrupção é a própria sociedade."

UNIFICAÇÃO
Peluso ainda fez outra crítica ao defender a unificação das polícias Civil e Militar.
"Não me repugna, em princípio, pensar em unificação. Porque o ingrediente da disciplina, fundamental em quase todas as atividades humanas, me parece que, às vezes, falte para colocar um pouco de ordem em algumas instituições policiais", disse.
O secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, também presente, disse ver essa hipótese distante. "Particularmente sou a favor, mas acho que estamos longe disso. Muito longe. Acho que tem de ser discutido."

PRESÍDIOS
O discurso mais incisivo de Peluso foi dirigido ao sistema prisional, que, diz ele, vive um "fracasso incontestável, senão falência mesmo".
Para ele, há "475 mil encarcerados" em "condições sub-humanas", alguns em "masmorras medievais".
Anteontem, no mesmo evento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também citou o sistema como um dos problemas de segurança.
"Temos nas nossas penitenciárias hoje verdadeiras escolas de formação de delinquentes. A reinserção social não é uma característica do nosso sistema."

Frases colhidas no seminário:

"[A ideia de unificação das polícias Civil e Militar] É um tema que exige um aprofundamento. Despertará, de certo, reações corporativas que são esperadas, mas representa uma experiência em outros países muito bem-sucedida"
CEZAR PELUSO,
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal)

"Nós temos nas nossas penitenciárias hoje verdadeiras escolas de formação de delinquentes. [...] A reinserção social não é uma característica do nosso sistema. E, portanto, então, nós temos situações absolutamente grotescas no sistema penitenciário"
JOSÉ EDUARDO CARDOZO,
ministro da Justiça

"Temos experiências anteriores de tudo que é muito imposto está fadado ao insucesso. Nós temos que, primeiro, integrar, mostrar aos próprios policiais que a união faz a força. E, depois sim, partir para um projeto dessa envergadura"
JOSÉ MARIANO BELTRAME,
secretário da Segurança Pública do Rio


http://cnj.myclipp.inf.br/default.asp?smenu=&dtlh=160858&iABA=Not%EDcias&exp=

quarta-feira, 23 de março de 2011

Transparência em SP é medíocre, diz pesquisa

Segundo estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) 70% das 27 capitais estaduais obtiveram classificação "péssima, ruim ou medíocre" no quesito "Transparência Orçamentária".

Veja ranking e comentários no link:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110323/not_imp695932,0.php

O Brasil precisa ser mais competitivo

22/03/2011 - 21h32
China rejeita crítica a câmbio e diz que Brasil deve ser mais competitivo
Reportagem de CLAUDIA ANTUNES, do RIO

O embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqi, disse nesta terça-feira que a visita "histórica" da presidente Dilma Rousseff a Pequim, em abril, fortalecerá a "relação estratégica" bilateral, mas que cabe aos brasileiros resolver o problema da pauta de exportações para seu país, dominada por matérias-primas.

"Vocês têm que fazer seus próprios esforços para a competitividade da indústria e da economia. Se o Brasil não vender esses produtos [minério, petróleo, bens agrícolas], o que vai exportar para manter esse nível de crescimento [do intercâmbio]?", disse, referindo-se ao superavit de US$ 5 bilhões do lado brasileiro, em 2010.

Qiu repetiu que a China é uma "economia de mercado, aberta". Citou vários exemplos da importância de seu país para a reativação da economia global, depois da crise iniciada em 2008 nos mercados financeiros dos EUA.

Afirmou que também não está satisfeito com a estrutura do comércio bilateral. Falou em "esforço conjunto" para melhorá-la e que a China "dá boas vindas aos produtos do Brasil com maior valor agregado".

Mas deu uma estocada na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pela crítica ao câmbio chinês desvalorizado, que originaria concorrência desleal com a indústria nacional. "A Fiesp não representa a opinião de toda a sociedade do Brasil. Muitos setores, amigos e altas autoridades sabem que a parceria beneficia os dois lados."

O embaixador fez palestra promovida pela Coppe (programa de pesquisa e pós-graduação em engenharia) e pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que têm convênios com universidades chinesas. Falou em "portunhol" e, depois, respondeu a perguntas da plateia, na qual estavam quatro chineses que estudam engenharia do petróleo no Rio.

Ele disse que Pequim está ajustando gradualmente sua taxa de câmbio, que já se valorizou 30% nos anos recentes, mas que não age "sob pressão" externa. "A questão do câmbio não é origem do desequilíbrio econômico e comercial", disse, numa referência indireta ao pacote de estímulo nos EUA, que também levou à desvalorização do dólar.

PS.: Veja também "A lição comercial do Vietnã" no link:

http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2011/03/23/a-licao-comercial-do-vietna/

Porque os preços em SP estão cada vez mais altos

Muito interessante a comparação de preços feita pelo jornal OESP com outras cidades mundiais:

http://www.estadao.com.br/especiais/2011/03/arte_precos.pdf

terça-feira, 15 de março de 2011

Liberais de fachada

Não há mais partidos "liberais" no Brasil. Reportagem de Uirá Machado e Mauricio Puls, na Folha de ontem, mostrou que a partir da redemocratização, em 1985, das oito legendas que usaram a expressão "liberal" no nome só resta o nanico PSL, "social liberal".

O PL se fundiu com o Prona e virou PR em 2006; o PFL resolveu ser Democratas em 2007. O primeiro cresceu à sombra dos governos Lula e Dilma. O segundo mingua porque não consegue sobreviver na oposição. Ambos são partidos de direita. E nenhum dos dois nunca foi, a rigor, "liberal". São variações do clientelismo brasileiro.

"Liberal" é uma marca em desuso. Em termos substantivos, o liberalismo por aqui nunca passou de fantasia retórica, mais ou menos conveniente às elites dirigentes, conforme o período histórico.

Já fomos escravocratas na prática e "liberais" no discurso; ainda hoje somos, em grande medida, reféns do patrimonialismo, apesar dos ares modernizadores depois de quase duas décadas de hegemonia política de PSDB e PT. Em parte, ambos foram assimilados pelas forças do atraso, com as quais convivem em relativa harmonia, sempre em nome da "governabilidade".

O fato é que ainda somos bastante conservadores, embora nosso último partido "conservador" tenha morrido com a República Velha. O atual "consenso social-democrata" que se formou no país com FHC e Lula merecerá mesmo esse nome?

Não, se pensarmos no Estado de Bem-Estar Social e na universalização de direitos básicos que ele pressupõe. Nossas escolas públicas não ensinam, nossos hospitais públicos ainda maltratam seus doentes. Um programa de exceção, como o Bolsa Família, que serve de paliativo para aplacar a miséria extrema, se tornou a grande vitrine social do lulismo. Social-democracia, isso?

Temos, se tanto, um Estado de Mal-Estar Social. Parece, ainda, um problema bem mais sério que os muxoxos dos liberais de fachada à procura da identidade perdida.

Fernando de Barros e Silva, F.S.P., 15/03/2011, pag. A2

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pirataria aprende-se na escola

Não existe prova alguma de que parte relevante da venda da pirataria tenha a ver com traficantes ou com armas:

http://sergyovitro.blogspot.com/2011/03/ricardo-semler-pirataria-aprende-se-na.html

Esse é mais um dos mitos que pouco a pouco vão sendo derrubados.

E espero que em breve alguém analise se os jogos de azar são assim tão prejudiciais à sociedade como alegam muitos dos que em suas férias vão jogá-los nos chiquérrimos cassinos existentes nos países altamente desenvolvidos, como se esta fosse a razão das nossas deficiências!!!

domingo, 13 de março de 2011

Sucateamento do Estado

Pasmem: Metade dos armamentos do país está indisponível !!!

É muito preocupante saber a situação dos órgãos responsáveis pela nossa defesa (?) e que o despreparo militar sempre marcou a história do país:

leia em:
http://www.basemilitar.com.br/forum/viewtopic.php?f=3&t=3641&start=663

e veja a representação gráfica em:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/887906-metade-dos-equipamentos-das-forcas-armadas-esta-indisponivel.shtml

sábado, 12 de março de 2011

Quando a infâmia compensa

O jornalista Clóvis Rossi comenta que a inação do mundo com relação aos conflitos ocorridos na Líbia chega à indecência:

http://sergyovitro.blogspot.com/2011/03/clovis-rossi-quando-infamia-compensa.html

...e questiona também a utilidade das democracias:

http://sergyovitro.blogspot.com/2011/03/clovis-rossi-para-que-servem-as.html

Já o ex-Ministro Rubens Ricupero diz que o congelamento e confisco das contas bancárias dos ditadores poderiam converter as ditaduras numa espécie em extinção:

http://www.bresserpereira.org.br/terceiros/2011/11.03-Fim_das_ditaduras.pdf

Os mais ricos do mundo em 2011

Os países BRIC se destacaram entre as pátrias dos novos ricaços. Brasil, Rússia, Índia e China são responsáveis por 108 dos 214 novos integrantes da lista (o Brasil acrescentou 12 novos integrantes chegando a um total de 30). Até 2010, apenas os Estados Unidos conseguiam contabilizar mais de 100 bilionários. Em 2011, China, com 115, e Rússia, com 101, também entram para este time.

Leia mais:
http://colunas.epocanegocios.globo.com/financasdebolso/2011/03/09/os-mais-ricos-do-mundo/

Apesar disso, é curioso observar que dos 30 brasileiros que constam nessa lista da "Forbes", 15 tiveram a colaboração do patrimônio familiar, mas os três primeiros são empreendedores.

Leia mais:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/887215-heranca-e-origem-da-fortuna-de-50-dos-bilionarios-do-brasil.shtml

quinta-feira, 10 de março de 2011

Teorias sociais

Esta observação de Antonio Delfim Neto sobre as teoria sociais é surpreendentemente
válida para qualquer que seja a teoria escolhida.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=56477

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pesquisa sobre a saúde derruba mitos

Pesquisa do IBOPE sobre saúde com 18.884 pessoas nas regiões mais representativas do país revela que não são poucos os brasileiros que agem em desacordo com o que seria de se esperar que eles fizessem.


http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/884348-brasileira-esta-usando-menos-camisinha-segundo-ibope.shtml

quinta-feira, 3 de março de 2011

We are the world

Não perca a oportunidade de assistir:

http://www.youtube.com/watch?v=yP5NXHj_RG0

Nós, os juízes

O testamento de fé de Luiz Fux, no dia da sua posse como ministro no Supremo Tribunal Federal.

http://sergyovitro.blogspot.com/2011/03/nos-os-juizes-luiz-fux.html

Predação e arcaísmo

Excelente análise sobre a atuação do MST

http://sergyovitro.blogspot.com/2011/03/editorial-folha-de-sao-paulo_03.html

Veneração do Poder

Muito interessante a matéria "A omelete da Dilma", de Tutty Vasques, que saiu no Estadão no dia 02/03/2011, fazendo referência à omelete que a Presidenta preparou "ao vivo" no programa da Ana Maria Braga.

Lá ele descreve com muita propriedade uma das nossas principais características: o endeusamento do Poder. Pouco importa as besteiras que o chefe faça - chefe é chefe - ele tem sempre razão. E viva o chefeeeee!!!

Leia:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110302/not_imp686472,0.php

O mais ousado plano econômico da China

Sou um grande admirador do desenvolvimento chinês. Não tenho vergonha de dizer que os invejo. Eles sabem o que querem, sabem o que precisam fazer para chegar lá, já mostraram a que vieram e não há o que os faça desviar desse rumo. Prova disso são os seus Planos Quinquenais de desenvolvimento - eles já estão no 12º.

Nós, ao contrário, tivemos apenas um único Plano Quinquenal memorável (vigente durante o governo JK). Todos os demais não fizeram água, mesmo que tivessem claro o rumo desejado, com o passar do tempo foram se ajustando às reclamações e incluindo tudo o que se pleiteava. Sempre acabava virando uma enorme colcha de retalhos onde ninguém sabia mais qual era a direção pretendida.

Vale a pena ler:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110302/not_imp686426,0.php