sábado, 21 de junho de 2014

Demagogia contra e a favor dos carros

O Governo Federal estimula o financiamento de veículos em prazo a perder de vista e os Governos Municipais se veem doidos para equacionar o transito com essa enorme quantidade de veículos circulando pelas ruas das cidades.
Ora, não resta dúvidas de que o Governos Federal precisa se entender com os Governos Municipais em relação a isso para evitar desgastes e transtornos ainda maiores: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,demagogia-contra-os-carros-imp-,1512260

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mania brasileira

Faz parte da nossa cultura o hábito de acreditar que conhecemos tudo, que sabemos o que é certo e o que é errado e por isso damo-nos ao desfrute de estabelecer normas para que os outros as cumpram.
Acha que estou exagerando?
No link: http://oglobo.globo.com/politica/brasil-faz-18-leis-por-dia-a-maioria-vai-para-lixo-2873389   você se cientificará que só os 27 Estados mais o governo Federal, de 2000 a 2010, produziram 75.517 Leis, o que dá uma média de 18 Leis por dia. E além disso você deve considerar (1) que antes disso já existia um número astronômico de Leis e que a maioria delas foi preservada; (2) que neste número não foram consideradas as leis produzidas pelos 5.564 Governos Municipais existentes no Brasil; (3) que também não foram computadas as zilhões de normas exaradas pelas Secretarias estabelecendo muitos mais zilhões de procedimentos, formulários e carimbos necessários para a implementação destas Leis e nem (4) que a produção de Leis parou por aí.
E no link: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/06/1470560-brasil-perde-a-dianteira-em-eficiencia-energetica.shtml   você também saberá que apesar de o Brasil, juntamente com os Estados Unidos, terem criado a norma ISSO 50001, em 2011, com o objetivo de melhorar a eficiência energética da empresas e reduzir a emissão de poluentes, devido à falta de incentivos do governo brasileiro, em 3 anos apenas 13 empresas estabelecidas no Brasil receberam esta certificação, enquanto na Alemanha, por exemplo, nesse mesmo período, 3441 empresas foram certificadas.
E no link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2014/06/1469463-a-imagem-do-brasil-e-a-copa.shtml   você também saberá que apesar disso, os nossos políticos sempre deslizaram sobre estes problemas como se eles não existissem e sempre se julgaram capazes de capitalizar ganhos políticos com as questões de grande efeito midiático, criando uma (discutível) imagem de um país incrivelmente dinâmico, próspero e conhecedor do caminho que quer trilhar.
Como você vê, os fatos indicam que não é nenhum exagero afirmar que consideramo-nos especialistas em cuidar da vida alheia mesmo não sabendo cuidar nem da própria.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Thomas Piketty

Desde os tempos do britânico John Maynard Keynes, um dos maiores pensadores econômicos do século XX, o trabalho de um economista não despertava debates tão acirrados quanto O Capital no Século XXI, do professor da Escola de Economia de Paris, Thomas Piketty (que será lançado pela Editora Intrínseca no Brasil em novembro). Piketty estuda a evolução da riqueza nas sociedades capitalistas e, grosso modo, aponta como a globalização e a adoção de certas práticas neoliberais em geral concentram riqueza. Simplificando a sua ideia, ele afirma que tudo resulta do equilíbrio criado. Por exemplo, os investimentos são o resultado do equilíbrio de três fatores: rentabilidade, segurança e liquidez, ou seja, quando você quer aumentar um destes fatores você acaba automaticamente reduzindo os outros dois. Neste trabalho de Piketty, a sua grande sacada foi observar que no desenvolvimento econômico os três fatores que precisam ser ponderados, conciliados e equilibrados são “a eficiência, a igualdade e a liberdade”. Ocorre que a coisa não é tão simples como parece porque a interferência do Estado, sob a justificativa de levar a uma sociedade menos desigual, tanto restringe a liberdade de ação dos seus cidadãos, como diminui a eficiência geral da economia, seja quando ele se dispõe a produzir, seja quando ele exagera nas exigências a quem produz, isto sem falar que é relativamente comum o setor público criar uma série de vantagens especiais aos amigos do rei.

Veja a entrevista que ele concedeu à Revista Veja em 07/06/2014 no link:

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/piketty-para-que-o-processo-virtuso-do-capitalismo-continue-e-preciso-cuidar-da-desigualdade